PS reageà absolvição

LA
Jornal de Notícias
[18.10.2006]


O PS espera que a Câmara de Caminha "aprenda com esta derrota e com esta lição" a extrair da absolvição dos cinco acusados de terem convocado irregularmente a acção cívica de protesto contra o IC1 e se recusarem a desmobilizá-la, após a autarquia "ter tentado impedir a sua realização", afirmam em comunicado público.

Consideram grave que os cinco tivessem sido identificados pela GNR, "na sequência da participação da Câmara de Caminha", daí resultando "uma acusação em tribunal de pessoas de bem".

"Foi triste e lamentável a postura do Executivo municipal do PSD, liderado por Júlia Paula", adiantam os socialistas, "ao deixar uma péssima imagem da forma como aqui é exercido o poder local democrático" veiculada por "todos os meios de comunicação social".

Recordam que durante as governações socialistas houve manifestações frente à própria Câmara Municipal, "sem que daí tivesse havido lugar a intervenção da GNR, acusações de crime, nem julgamento em tribunais".

Acusam igualmente a presidente da Câmara de "uma continuada atitude de vingança política para com todos aqueles que ousam discordar das suas políticas e têm a coragem de expor livremente ideias diferentes".

"Por tudo e por nada se recorre a tribunais, se avançam com processos judiciais", exemplificando com os dois processos contra o edil socialista Amílcar Lousa e a "perseguição disciplinar a funcionários do PS na Câmara de Caminha ou a questão judicial com a Junta de Caminha por causa do autocarro" (cuja providência cautelar interposta pelo Município não vingou).

Concluem que estas situações são uma "forma de perder tempo, perturbar o funcionamento dos tribunais e de desbaratar os dinheiros públicos, pagando aos 3 ou 4 (já não sabemos) advogados que trabalham para a Câmara, em vez de canalizar o dinheiro e a energia para o desenvolvimento do concelho".