09 dezembro 2006

Jerónimo Sousa esteve ontem em Viana e acusa PS de fomentar promiscuidade no sector da Saúde

Rádio Alto Minho
09/12/06



O secretário-geral do PCP acusou o PS de contribuir para a «promiscuidade» na Saúde, exemplificando com a integração de uma ex-ministra do sector e actual deputada socialista nos quadros do no vo hospital do BES.

O semanário Sol noticiou esta sexta-feira que a empresa Espírito Santo Saúde contratou a ex-ministra Maria de Belém para dar pareceres sobre estratégia na área da S aúde.

«Não quero fazer acusação nenhuma, mas à mulher de César não basta ser séria, é preciso também parecer», disse Jerónimo de Sousa.

Para o líder do PCP, é preciso perceber por que razão «os grandes banqueiros facilitam a vida» a uma ex-ministra e ainda deputada do PS, integrando-a nos quadros de um hospital que está a contratar dos melhores médicos do País», actualmente a operar no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

«Há aqui uma promiscuidade e responsabilização do PS, que se identifica mais com os interesses do BES do que com o SNS», acusou.

Jerónimo de Sousa, que falava na sétima assembleia da Organização Regional de Viana do Castelo do PCP, acrescentou que o Governo está a desferir «uma das mais persistentes ofensivas contra os serviços públicos de saúde dos últimos anos», com «toda uma operação de privatização em larga escala».

Sublinhou que este «esvaziamento» do SNS acontece numa altura em que, só no sector da saúde primária, são precisos mais 600 médicos e mais 12 mil enfer meiros.

O secretário-geral do PCP foi também crítico do novo aumento das taxas de juro, decretado quinta-feira pelo Banco Central Europeu (BCE) e do «silêncio e aceitação» do Governo português, «sem qualquer tomada de posição ou atitude crítica em relação a esta loucura».

Na mira das críticas do líder comunista esteve ainda a anunciada revisã o do Código do Trabalho, através da qual, acusa, o Governo quer implementar a «flexisegurança».

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