16 maio 2007

Central Eléctrica no Minho vai criar 600 empregos

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quarta, 16 maio 2007


Já foi adjudicada a construção de uma das centrais eléctricas a biomassa a instalar no Minho, no âmbito da rede nacional de 15 centrais lançadas pelo Governo para impulsionar fontes de energia alternativas, a partir de resíduos florestais e agrícolas.

Ficará no concelho de Monção, com uma potência de 5,5 MW, e criará, segundo o autarca local, cerca de 600 empregos indirectos na região. Ponte de Lima espera ainda o avanço do processo, ao qual concorreram quatro empresas, para a instalação de uma outra central, de 10 MW, que aproveitará recursos dos distritos de Viana do Castelo e Braga.

A concessão de construção e exploração da central de Monção, que beneficia da proximidade da estação de Troviscoso, foi adjudicada a um consórcio luso- espanhol, composto pela empresa Obrecol, a Hidroeléctrica S. Miguel, a Forestland e Logística Florestal. Para o efeito, foi disponibilizado um terreno, classificado no PDM como zona industrial, apesar de se situar numa área montanhosa.

O investimento será de mais de 15,5 milhões de euros. Para o presidente da autarquia, José Emílio Moreira, esta constitui uma "oportunidade" para Monção e concelhos adjacentes, já que, directa ou indirectamente, dará emprego a muita gente. "Na central são 10 postos de trabalho. Depois vão ser criadas empresas de limpeza das florestas, há os transportes da matéria- prima, a recolha… ", enuncia o autarca.

Apesar de haver quem preveja a destruição da floresta nacional pela disseminação destas centrais, o responsável acredita nas suas vantagens, caso sejam construídas em número razoável, a começar por uma "menor importação de electricidade". Para além disso, espera-se uma redução da poluição e risco de incêndio em zonas sensíveis. A central de Merufe consumirá 39 toneladas/ano e terá 25 anos de vida útil.

Todo o tipo de aparas, ramagens ou restos florestais e agrícolas podem ser vendidos (25 euros a tonelada) à futura central. "Até a pessoa que limpa o seu terreno e não sabe onde deitar os resíduos pode vendê-los", advoga. Em Ponte de Lima, a central prevista atingirá quase a capacidade máxima de potência e implicará recursos de todo o Minho, mas ainda não foi adjudicada. Monção é, assim, o terceiro lote dos quinze a ser adjudicado.

Fora deste pacote governamental, a região terá, em breve, uma central em Arco de Baúlhe, Cabeceiras de Basto, da EDP Bioeléctrica. Em Paredes de Coura, a Câmara criou a primeira central do género para consumo próprio e há outros projectos para Viana. JN

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