Miguel Rodrigues
Jornal de Notícias
02.11.2006
Estaleiros sofrerão reenquadramentos para acolher eólicas
Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) dizem-se "intrigados e preocupados com a forma secreta como foi realizado o acordo para a instalação do centro fabril do grupo Eólicas de Portugal em terrenos que, em boa parte, estão a ser utilizados pelos ENVC".
Em comunicado, a comissão de trabalhadores diz temer que tenha "sido um negócio em que os ENVC saem nitidamente desfavorecidos".
No documento lê-se que a comissão "saúda e aplaude a instalação do grupo Eólicas de Portugal na cidade", tendo em conta "a perspectiva de criação a médio prazo de mais de um milhar de postos de trabalho e pelo facto de o centro fabril do grupo ficar situado paredes-meias com os ENVC, já que daqui pode advir vantagens para ambas as partes, se considerarmos eventuais colaborações, como infra-estruturas dos estaleiros insuficientemente aproveitadas, como é o caso do seu cais de amarração".
No entanto, dizem os trabalhadores "a comissão não pode deixar de ficar intrigada, e preocupada, com a forma secreta como foi realizado o acordo para a instalação do centro fabril do grupo Eólicas de Portugal em terrenos que, em boa parte, estão a ser utilizados pelos ENVC.
Tudo indica que os ENVC vão ter que se reenquadrar para libertar espaços.
Se tal vai acontecer, é legítimo questionar quem suporta tais custos e quais as vantagens que advêm do facto de os ENVC ficarem cingidos a espaços inferiores e com menor capacidade de acção e mobilidade", alertam.
"Entendeu porém o Conselho de Administração de forma autocrática, facto sem paralelo na vida da Empresa - nem no tempo do Estado novo a tal se chegou -, que não tinha que prestar tais informações por não serem da competência da Comissão de Trabalhadores", acusam.
02 novembro 2006
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