Miguel Rodrigues
Jornal de Notícias
23.11.2006
O estudo sobre os critérios para aplicação de portagens nas SCUT tem "várias incoerências, contradições e até erros grosseiros que desvirtuam todo o documento apresentado pelo Governo", acusou, ontem, o Movimento Cívico Alto Minho Contra Novas Portagens.
De tal forma que "partindo das premissas invocadas no Programa do Governo e enunciadas no estudo encomendado", se verifica que, contrariamente à intenção da administração central, "a SCUT Norte-Litoral não preenche qualquer dos requisitos estabelecidos para a tomada dessa decisão".
A título de exemplo, Jorge Teixeira apontou a contabilização do tempo de viagem "que foi feito de uma forma absolutamente simplista".
No cálculo estabelecido para uma viagem na EN13 entre Viana e Porto, "estranhamente" não foi referido que todas as alternativas à passagem dos rios Lima e Cávado se encontrarem (por tempo indeterminado) encerradas ao trânsito, devido às obras que decorrem nas pontes Eiffel e de Fão.
"E, mesmo que estivessem em funcionamento, o estudo não leva em conta com os constrangimentos na estrada nacional, como as 16 rotundas, centenas de cruzamentos, 150 passadeiras, o que faz com que a média de circulação seja muito inferior aos 50 quilómetros por hora", salientou Jorge Teixeira.
O tempo de viagem "é de 1,55 horas, segundo um levantamento do movimento cívico, o que faz com que o percurso pela alternativa existente à A28, seja superior à da SCUT em 2,29, muito acima dos 1,3 propostos pelo Governo", denunciou Jorge Teixeira.
O movimento não entende a avaliação que levou à decisão de introdução de portagens, numa região "que ora se expande ou se encolhe conforme o critério a aplicar".
23 novembro 2006
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