Movimento !ntervenção e Cidadania
[10-12-2006]
O Nobel atribuído a Muhammad Yunus podia ter sido da Economia, em vez da Paz.
Para combater o terrorismo, disse o laureado hoje, em Oslo, precisamos de palavras e de acções.
Mas precisamos sobretudo de ir às raízes da pobreza. E isso é o que tem feito o Grammen Bank, nascido por sua iniciativa num dos países mais pobres do mundo, o Bangladesh.
Aquilo que para a lógica tradicional do sector bancário é um absurdo – dar crédito a quem não tem bens que possa dar como garantia – tem-se revelado financeiramente rentável e socialmente espectacular.
Milhares de famílias, sobretudo por acção das mulheres, têm conseguido sair do círculo vicioso da pobreza por lhes ter sido permitido o acesso ao que mais lhes faltava: confiança nas suas ideias e projectos.
As taxas de cumprimento dos créditos concedidos pelo Grammen Bank são superiores a 95%.
O sucesso da fórmula confirma-se assim em todos os tabuleiros e em muitos países, incluindo o nosso.
Como disse Yunus, desafiando o pensamento económico dominante, os pobres são como os bonsai – a semente está lá. Só precisam das condições para desabrochar.
13 dezembro 2006
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