Luís Henrique Oliveira
Jornal de Notícias
26.12.2006
A Junta de Freguesia de Vila Fria, em Viana do Castelo, equaciona processar judicialmente a empresa responsável pelos trabalhos de valorização de um pontão da localidade.
Em causa está a demora na reposição da normalidade, assim como o trabalho final que não agrada às populações e, por isso, a autarquia local pondera outras formas de manifestar o descontentamento, aguardando apenas a resposta da Estradas de Portugal.
De acordo com o líder do Executivo local, António Santos, em causa está tanto o atraso verificado na intervenção (que deveria estar já concluída) como as condições de segurança que a travessia vai oferecer, para automobilistas e peões, uma vez terminados os trabalhos.
"Poderiam ter aproveitado para fazer um pontão que oferecesse segurança às pessoas, o que estamos em crer que não vai acontecer", lamentou o autarca, observando que a população da localidade "esperou perto de vinte anos por uma obra que, apesar do tempo e dinheiro gastos, não a vai satisfazer".
Iniciados a 4 de Setembro, os trabalhos, que foram concursados por 150 mil euros, deveriam ter terminado no passado dia 14.
Segundo a holding Estradas de Portugal (EP), que promove a intervenção, tal não foi possível devido a "problemas relacionados quer com a deficiente mobilização do empreiteiro quer com a pequena dimensão da obra, não sendo também alheio o período de Inverno em que a mesma decorreu".
Em missiva enviada na passada segunda-feira à Câmara Municipal, documento a que o JN teve acesso, a EP refere que a intervenção deverá estar concluída no final do próximo mês.
Este atraso está a irritar de sobremaneira tanto a autarquia de Vila Fria como os autarcas das restantes localidades atravessadas pela Estrada Nacional número 308, via que está interrompida na freguesia para as obras de valorização e alargamento do pontão.
"As pessoas não páram de reclamar e o comércio está um caos. Como estamos é que não podemos mais continuar", asseverou António Santos, afiançando aguardar ainda por respostas a questões colocadas pela Junta à Estradas de Portugal.
"Em função dessas respostas é que vamos decidir", sentenciou o autarca.
26 dezembro 2006
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