27 abril 2007

"Quem atrasa demolição do Coutinho tem comportamento "anti-social"

Rádio Geice
Paulo Julião
27-Apr-2007




A Assembleia Municipal de Viana do Castelo, realizada no noite de quinta-feira, voltou a ficar marcada sobre a polémica em torno da demolição do Prédio Coutinho, com troca de acusações entre a bancada do PSD e o presidente socialista. Defensor Moura chegou mesmo a classificar de “comportamento anti-social” todos os que, nos últimos anos, têm protelado uma decisão sobre a demolição por não respeitar a vontade da maioria. No entanto, o autarca afirmou que, neste processo, “já se passou o ponto de não-retorno”.

"Quem tenta, como vocês [PSD] bombardear uma decisão da maioria, é um comportamento anti-social, principalmente sabendo-se dos custos que está a ter”, acusou Defensor Moura. O autarca reconheceu ainda, no caso dos moradores, que apesar de ser um direito o recurso para os tribunais, “o abuso é que pode não ser muito legitimo”. Defensor Moura anunciou que há 44 interessados que não chegaram a acordo com a VianaPolis, mas que o mesmo já foi alcançado com os restantes 63. “Estamos para além do ponto do não-retorno, é inevitável que este processo tenha o fim que está previsto no plano de pormenor”, sublinhou. Do lado do PSD, o deputado Carlos Antunes criticou a forma como o executivo socialista geriu este processo e os “prejuízos” que a actual impasse na demolição do Coutinho e construção do Mercado Municipal está a provocar, acusando os deputados municipais do PS de também terem responsabilidade na situação. “Assumam as vossas responsabilidades, chegou o momento de pedir desculpa aos vianenses. Digam quem vai pagar e o que vão fazer. Vão vender os terrenos que expropriam aos vianenses no parque da cidade para pagar com critério e justiça?”, interrogou-se o social-democrata, lembrando que até o relógio do Polis de Viana já foi desactivado.

Nesta sessão da Assembleia Municipal foi ainda aprovado o relatório e contas da autarquia e dos Serviços Municipalizados de Viana do Castelo, apenas com os votos – 49 - dos deputados socialistas e dos presidentes de Junta independentes. PDS e CDS-PP votaram contra, com 14 votos, e CDU e BE, com 4 votos, abstiveram-se.

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