M!C
[29-03-2007]
“Há fronteiras que não podem ser ultrapassadas”, recordou Manuel Alegre hoje no Parlamento, a propósito da condenação do cartaz afixado pelo PNR no Marquês de Pombal, porque “o racismo é o mal absoluto”.
A unanimidade dos apoios recebidos de todas as bancadas, o que é muito raro no hemiciclo, confirma que os valores da tolerância e dos direitos humanos inscritos na nossa Constituição são reconhecidos como património de todos.
Mas isso não deve inibir-nos de exigir o cumprimento das leis e a actuação das autoridades públicas nesse sentido, como também fez Manuel Alegre.
O cartaz é um atentado à Constituição e à cultura portuguesa.
É ainda uma afronta aos milhares de imigrantes que estão entre nós e que contribuem, com o seu trabalho e os seus sacrifícios, para o desenvolvimento do país.
Poderemos nós tolerar incitamentos públicos ao racismo e à xenofobia? De que se estão as autoridades públicas à espera para o remover?
Como disse o deputado socialista, não se trata de responder à intolerância com intolerância.
Trata-se de defender os valores que nos regem e não consentir, por inércia ou omissão, que eles sejam pervertidos por actos ilegais e inconstitucionais.
03 abril 2007
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