Rádio Geice
Paulo Julião
04-Apr-2007
Depois da situação de falência técnica em que se encontrava a empresa em 2004, os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) acabam de fechar as contas relativas ao último ano com um resultado de exploração positivo de 650 mil euros, o que aconteceu pela primeira vez “em muitos anos”, anunciou a administração.
Em dois anos, o prejuízo acumulado foi ainda reduzido em 20 milhões de euros.
“É um dado muito importante, já que há muito anos que a empresa não o conseguia. Mas não significa que a situação está resolvida, os resultados acumulados ainda são enormes”, afirmou Adriano Telles de Menezes, um dos administradores dos ENVC.
Resultados que, explicou, permitem uma “maior estabilidade financeira da empresa”, com a empresa a poder “respirar” para “começar a planear politicas aprovisionamento, gestão orçamental e racionalização económica interna”.
Acrescenta que os ENVC contam com uma carteira de encomendas e “contratos assinados” suficiente para os próximos três anos. Números a apresentar pelo conselho de administração da empresa na assembleia-geral de accionistas marcada para a próxima terça-feira.
Neste encontro, a Empordef, vai nomear o novo conselho de administração para a empresa, actualmente presidido por Fernando Geraldes, mas que não será reconduzido no cargo. Telles Menezes é apontado como uma possibilidade para suceder a Geraldes.
“O meu patrão é que estabelece onde sou mais preciso. Estou pronto para qualquer desafio”, afirmou Telles Menezes, questionado pela Geice sobre a eventualidade de vir a presidir ao conselho de administração.
“É possível que sim, dentro dos diversos cenários que existem”, disse.
Afirmações feitas à margem da visita à empresa do eurodeputado do PS, Joel Hasse Ferreira.
Um dos assuntos tratados com a administração e comissão de trabalhadores dos ENVC foi o atraso na atribuição, pela Comissão Europeia, de oito milhões de euros de apoio aos estaleiros.
Um subsidio relativo a 2005 mas que fruto de um atraso na entrega dos documentos nas instâncias europeias, ainda não foi pago. O eurodeputado garante que o processo está “bem encaminhado” e deverá ficar resolvido em breve. “A bola está do lado de Bruxelas”, garantiu.
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