Rádio Geice
Paulo Julião
06-May-2007
O presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca (PS) criticou, em declarações à Geice, a actuação do ministério da Agricultura, entidade que acusa de “não acompanhar o esforço” desenvolvido pela Administração Interna no reforço de meios de combate e prevenção aos incêndios florestais. Em causa, explicou Vassalo Abreu, estão candidaturas para constituição de brigadas e implementação de medidas de prevenção de fogos florestais, sobretudo na área do concelho abrangida pelo Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) - que representa 52% do território do município -, ainda não viabilizadas pelo Ministério da Agricultura, tutelada por Jaime Silva.
Segundo o autarca, a Câmara de Ponte de Barca candidatou-se à constituição de duas brigadas florestais, tendo sido ambas rejeitadas.
“Para manter as próprias brigadas florestais que estão a actuar no PNPG, no início do ano, tiveram que ser subsidiadas pela Câmara”, lamentou o autarca socialista, acrescentando: “Há disponibilidade das autarquias, mas tem que haver compensações. Não posso estar a financiar uma associação particular”.
Nesta altura, é a própria autarquia a cobrir os custos com as três brigadas florestais colocadas no concelho, asseguradas por entidades particulares, numa despesa anual que ascende a 40 mil euros.
Para agravar a contestação, Vassalo Abreu lembra outra candidatura apresentada ao ministério da Agricultura, no valor de 600 mil euros, para limpeza das matas, construção de pontos de água e outras medidas de prevenção.
Aprovada desde Fevereiro, mas ainda sem efeito, com a época de incêndios florestais à porta. “Ainda não foi homologada. Se é para ser aplicado neste Verão ou é homologada imediatamente ou então já não temos tempo para o que quer que seja. Não sei se estão à espera que arda novamente”, acusou.
“O esforço enorme que está a ser feito pelo senhor ministro da Administração Interna, não o vejo ao nível do senhor ministro da Agricultura”, sublinhou ainda Vassalo Abreu.
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